Poluição no Ar
O ar está poluído quando contém elementos estranhos à sua composição natural: oxigênio, nitrogênio, gases nobres e vapor d'água e até dióxido de carbono. As formas mais comuns de poluição do ar são pelo monóxido de carbono, dióxidos de carbono (em excesso) e de enxofre, óxidos de nitrogênio e por partículas diversas (poeiras).
Vamos analisar, sem levar em conta as condições meteorológicas, a poluição do ar por partículas (poeiras). Nesse tipo de poluição é importante o tamanho das partículas (partículados é o nome técnico), sua composição química e forma geométrica.
Para não alongar, não iremos falar de condições meteorológicas, composição química e forma geométrica. Falemos sobre o tamanho das partículas (seus diâmetros). As maiores que 100 mícrons (um mícron é um milésimo do milímetro), são chamadas sedimentáveis, isto é, caem pela ação de gravidade, a partir do seu lançamento ao ar pela fonte emissora.
A quantidade "despencada" dessas partículas sedimentáveis recebe, segundos alguns especialistas, o nome de "índice de sujicidade"; são essas partículas que sujam os carros, as piscinas, as roupas no varal, pisos, parapeitos e móveis da casa. Para medir a intensidade de queda dessas partículas usa-se um aparelho bem rudimentar chamado jarro de sedimentação, que nada mais é do que uma leiteirinha de plástico que fica exposta, de boca para cima, durante um mês. A qualidade do ar, na questão de "índice de sujicidade", será boa se, através dessa medição, for detectada uma queda máxima de 5 toneladas de pó, em 30 dias, numa área de um quilômetro quadrado.
Os outros dois tipos de partículas, analisadas por seus diâmetros, são as partículas em suspensão; estas têm diâmetros menores que 100 mícrons. Sua característica principal é que a queda não depende da ação da gravidade. Isto é, elas ficam flutuando dias e dias.
Neste grupo de partículas em suspensão há uma divisão importante a considerar: partículas maiores que 10 mícrons e partículas menores que 10 mícrons.
As partículas maiores que 10, quando respiradas, não atingem nossos pulmões, ficam retidas nas vias respiratórias superiores (nariz, faringe, laringe, traquéia) e são expelidas sem grandes dificuldades, já as menores que 10 mícrons vão atingir a nossa árvore brônquica (pulmões), ficando ali alojadas (nos alvéolos).
A qualidade do ar de uma cidade, bairro ou região é medida pela quantidade de partículas em suspensão existente no ar, por metro cúbico desse ar. Usam-se, para isso, amostradores especiais em locais cientificamente selecionados.
Um bom ar não pode conter (média geométrica anual de medições a cada 6 dias), mais de 80 microgramas de partículas em suspensão por metro cúbico, permitindo-se um pique de 240 microgramas uma só vez por ano.
Existe, porém, uma medição mais sofisticada – para partículas menores que 10 mícrons – um bom ar não pode ter mais que 50 microgramas (por metro cúbico) dessas partículas "realmente respiráveis", em média aritmética anual de medições a cada 6 dias, permitindo-se, uma vez por ano, um valor de 150 microgramas.
É cientificamente comprovado que partículas sedimentáveis coexistem com partículas em suspensão e que entre partículas em suspensão 30% delas, em média, são "respiráveis" (menores que 10 mícrons).
Como conclusão, independentemente das condições meteorológicas, composição e forma geométrica das partículas, o tamanho delas têm seus efeitos maléficos diferenciados sobre o homem.